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Estudo de 2024 reforça consolidação dos fundos patrimoniais e destaca R$ 2,6 bilhões destinados a causas de interesse público

13 de novembro de 2025

O cenário dos fundos patrimoniais no Brasil alcançou um novo patamar de maturidade. O Anuário de Desempenho de Fundos Patrimoniais 2024, lançado pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e pela Coalizão pelos Fundos Patrimoniais Filantrópicos, revela um avanço significativo no fortalecimento dos endowments enquanto instrumentos de sustentabilidade de longo prazo para causas de interesse público.

A publicação reúne dados de 92 fundos patrimoniais, que juntos somam R$ 139 bilhões em patrimônio total, demonstrando a consolidação dessas estruturas como alicerces de apoio contínuo a iniciativas sociais, educacionais, culturais, científicas e ambientais. O prefácio é assinado por Heleno Torres, professor da Faculdade de Direito da USP, reforçando o protagonismo da Universidade no debate sobre financiamento filantrópico estruturado.

Segundo o Anuário, R$ 2,6 bilhões foram destinados a causas públicas em 2024, impulsionados por um crescimento expressivo nas captações, que atingiram R$ 770 milhões — um aumento de 48% em relação ao ano anterior. Os dados apontam ainda que a educação permanece como a principal área beneficiada pelos fundos (63%), seguida por pesquisa e conhecimento (27%) e assistência social (23%).

A quarta edição aprofunda indicadores essenciais para a gestão profissional dos endowments, incluindo fluxo de caixa, políticas de investimento, rentabilidade, estrutura de governança e adoção de práticas responsáveis. Destacam-se avanços importantes: 77% dos fundos já possuem políticas de investimento formalizadas, 71% contam com auditoria externa e a rentabilidade média registrada ficou 2,19% acima da inflação, evidenciando gestão consistente e visão de longo prazo.

Ainda assim, persistem desafios estruturais. Mais de 80% dos endowments permanecem concentrados em São Paulo e Rio de Janeiro; apenas 22% estão formalmente enquadrados na Lei 13.800/19, embora sua aprovação tenha acelerado a criação de novas iniciativas. A diversidade também segue como ponto de atenção: mulheres representam em média 31% das governanças e pessoas pretas, pardas e indígenas (PPI) menos de 11%. Além disso, somente 26% dos fundos adotam políticas de investimento responsável.

Para Andrea Hanai, gerente de projetos do IDIS, a série histórica inaugurada em 2019 oferece parâmetros fundamentais para decisões estratégicas: “Em um cenário de consolidação dos fundos patrimoniais no Brasil, o Anuário fornece referências para a tomada de decisão de gestores e instituições que têm na perenidade seu principal compromisso”.

A publicação contou com apoio Master da Fundação Bradesco, Fundação Itaú e Movimento Bem Maior, além de parcerias de diversas organizações do ecossistema filantrópico.

O Anuário reforça a importância dos fundos patrimoniais como motores de impacto sustentado e evidencia o papel crescente dos endowments na promoção da ciência, da educação e do desenvolvimento social — pilares que orientam também a missão do Fundo Patrimonial da USP.

 

 

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